30.6.09
PÉ DE MOÇA - NOVO BLOGUE
29.6.09
SEXY BODY - OS PÉS
28.6.09
TEMPLÁRIOS REVISITADOS - BREVE ENQUADRAMENTO DA ORDEM
Segundo alguns autores, esta religião terá entrado pelo Norte de África, o que faz sentido, dadas as relações mantidas com Cartago. No século IV surge, porém, o movimento cristão pré-português que mais profundamente marcou a religiosidade da Galiza e da Lusitânia: o Priscilianismo.
Este movimento tem origem no gnosticismo cristão do Egipto e Ásia Menor. Prisciliano estudara na Síria e no Egipto e, quando chegou a Portugal, encontrou já um pequeno grupo de gnósticos (liderados por um tal Mestre Marcos).
Os priscilianos consideravam-se cristãos e o seu objectivo era regenerar os bispados, que “tinham perdido a mística espiritual”.
Prisciliano foi eleito bispo pelo povo, mas, pouco depois, em 385 d.C., foi condenado e assassinado “legalmente” pela Igreja de Roma, pelo crime de heresia.
A reacção popular foi tal, que Prisciliano e os seus discípulos passaram a ser venerados como mártires e um intenso culto organizou-se em torno do Santuário de Prisciliano, cuja localização é, actualmente, desconhecida.
Foram convocados vários concílios para o combater, mas o movimento durou, pelos menos, até ao concílio de Braga (561). Mas é provável que se tenha mantido vivo, mesmo durante o período de ocupação árabe, já que os moçárabes (cristãos em território muçulmano) tinham liberdade de culto. É por isso natural que este culto se tenha mantido activo até à fundação de Portugal e, portanto, tenha entrado em contacto com os Templários.
O Priscilianismo era uma Confraria formada por uma elite muito culta, mas que, paradoxalmente, teve grande adesão popular.
Praticavam o ideal da fraternidade humana; tinham reuniões nocturnas e secretas e o seu ensinamento era iniciático. As mulheres estavam completamente em pé de igualdade com os homens, tendo um papel muito activo nas liturgias[1].
Defendiam o livre exame das Escrituras e a sua interpretação individual e adoptaram muitos dos evangelhos e textos chamados apócrifos. O seu ideal era ascético, pelo que abominavam o prazer sensual e, como todos os gnósticos, tinham como objectivo libertar a alma dos desejos da personalidade. Têm semelhanças com os cátaros e, tal como todos os grupos mais esotéricos, acreditavam na reencarnação.
[1] O que, aliás, vem ao encontro de uma cultura de tipo matriarcal e de adoração da Deusa-Mãe, existente na Península e que só viria a ser alterada, primeiro pelos romanos, mas, principalmente, pelos árabes e pela sua cultura machista.
QUIOSQUES DE LISBOA
O CLERO NO TEMPO DE D.DINIS
27.6.09
NOITE DE FADO
26.6.09
SEXY BODY - OLHOS
TEMPLÁRIOS REVISITADOS- BREVE ENQUADRAMENTO DA ORDEM
A Borgonha, na época da fundação de Portugal, era um reino independente. É só no séc. XVII que é, definitivamente, incorporada na França.
Do reino da Borgonha, vieram, por volta de 1097, D. Henrique, futuro conde portucalense, e seu primo, D. Raimundo, ambos parentes de Hugo de Cluny, grande impulsionador da Ordem do mesmo nome, fundada em 910 pelo duque Guilherme de Aquitânia (recorda-se que esta Ordem constitui a verdadeira “inteligenzia” católica do séc. XI e substitui, de certa forma, a decadente Ordem de São Bento).
Houve, seguramente, nesta vinda dos “primos” para a península, um acordo entre Afonso VI de Castela e Hugo de Cluny que, especulativamente, nos pode levar ao “projecto templário”, como já atrás referimos.
Raimundo e Henrique casam, respectivamente, com Urraca e com Teresa, ambas filhas de Afonso VI. A Henrique é confiado o Condado Portucalense (que reuinia a zona entre o sul do Douro e Braga, o condado de Coimbra e a Serra da Estrela). O conde D. Henrique governou quinze anos (1097-1112) e o seu papel foi fundamental na fundação de Portugal.
25.6.09
A NOBREZA NO TEMPO DE D.DINIS
24.6.09
MANUEL FURTADO DOS SANTOS - PÓS-
"Nesta exposição de assemblagem e fotografia é explorado o momento imediatamente após o acidente enquanto “milagre invertido”; uma paragem ilusória do tempo que permite uma perspectiva diferente sobre esse mesmo tempo. É um momento de intensidade extrema que se revela como uma estranha calma inquieta e desconfortável. O espaço e o tempo ficam alterados depois do choque. Há no meio da adrenalina e do stress uma perplexidade, “o que é que aconteceu? Onde estou?” e a expectativa antecipada do próximo acidente.
É aqui assumido o desafio de começar um “museu de acidentes” cuja colecção é criada com alguns desastres menores de automóveis. De uma forma geral o carro representa o século XX, a produção em série, o objecto central de desejo, fetiche e afirmação social como ainda se verifica actualmente. Portanto o título desta exposição refere-se também a um século que não pára de se anunciar a si próprio (o século XXI) e ao qual falta a afirmação suficiente para que não viva na sombra do anterior.
Está implícito ao que foi dito anteriormente, uma necessidade de mudança de paradigma cultural, social e artístico. A sucessão infinita de acidentes assume-se como impulsionadora insuficiente da mudança e assim surge a expectativa pós-moderna da catástrofe. O grande responsável por esta perspectiva partilhada é o sincronizador global de emoções, a televisão, que poderá entrar em mira técnica após a tão esperada tragédia. Sincronizará finalmente a população para a calma do vazio de conteúdo e de desejo.
Tal como o século em que vivemos, apesar de muito anunciado, este cataclismo parece tardar em acontecer. Algumas imagens da Índia, recolhidas ao longo de três meses, funcionam como um retrato do mundo que tem a expectativa antecipada do próximo acidente mas que sente a catástrofe como algo que está constantemente presente.
Há portanto a vontade de juntar nesta exposição algumas letargias de uma sociedade ocidental com a esperança Indiana num modernismo extemporâneo. Estas evidências paradoxais inerentes a todos os sistemas são materializadas nestes trabalhos que pretendem explorar conflitos entre conceito e forma, o objecto e o pictórico, a depressão vivida na megalopolis ocidental e a ansiedade de um riquexó que transporta peças de automóvel para que outros usufruam dessa comodidade.
Não pretendendo ser etnográfico, este conjunto de trabalhos pretende usar estas tensões globais para explorar problemas intrínsecos à produção artística encerrando em cada imagem e composição a vivência de um flâneur e o paradoxo de uma civilização".
D. DINIS - A IMPORTÂNCIA DA LÍNGUA
TEMPLÁRIOS REVISITADOS - BREVE ENQUADRAMENTO DA ORDEM
Entretanto, haveria já uma considerável penetração semita, nomeadamente fenícia, como comprovam certos topónimos e certos cultos populares.
Assim, em termos de antropologia religiosa, devemos considerar a influência indo-europeia (celta) e a semita.
É também muito possível que a Lusitânia tivesse acolhido muitos druídas, expulsos da Gália por Júlio César, por razões políticas. Os druídas possuíam conhecimentos esotéricos e terão encontrado aqui um bom porto de abrigo, junto de populações que tinham a sua raiz. É curiosa a Cruz de Cristo manuelina, no mosteiro dos Jerónimos, em que um dos “génios” tem como barba uma folha de carvalho, e é também sintomático o grande número de matas de carvalhos existentes no Norte do país (esta árvore era sagrada para os druídas: era a sua catedral).
Tanto os celtas como os lusitanos eram povos muito religiosos; acreditavam na imortalidade da alma, no além e nos poderes da magia (Magna Ciência). Eram panteístas, adoravam o Sol, os bosques, a Terra e todas as forças da natureza. Tinham os seus deuses, de que se destacam Endovélico (um dos seus santuários pode ser visto perto de Montemor-o-Novo) e Atégina (de quem podemos ver um ex-voto de bronze em Évora e uma estátua romanizada no Museu da Câmara Municipal de Mértola).
23.6.09
PALÁCIO DO EGIPTO - INAUGURAÇÃO 25/6
22.6.09
RECORDAÇÕES FATAIS
21.6.09
TEMPLÁRIOS REVISITADOS - BREVE ENQUADRAMENTO DA ORDEM
Os Lusitanos são um povo cuja origem não é evidente e o seu nome ainda menos.
Os romanos consideravam-nos a tribo mais guerreira da península e atribui-se a um general romano a célebre frase: “Há um povo a oeste da Península Ibérica que não se governa, nem se deixa governar”… Os verdadeiros “irredutíveis”.
A verdade é que os Lusitanos foram o povo que mais tempo resistiu aos romanos: dois séculos! Pode alegar-se que a região era periférica e os meios envolvidos pelos romanos teriam sido menores do que, por exemplo, na Gália. Mas também a dimensão do problema seria menor e a verdade é que Viriato derrotou sucessivamente os exércitos de Galba, Lúculo, Vetílio , Plaucio, Fábio e Serviliano e que só em 25 a.C. a Lusitânia se torna província romana.
A imposição romana nunca foi esquecida e ainda hoje existe no inconsciente colectivo português um ódio à ocupação de Roma. Esta situação terá sido um dos factores que levou os lusitanos a olharem com desconfiança a implantação da Igreja Oficial de Roma, a partir do séc. IV, substituindo o Império Romano, em termos de estrutura organizativa.
Mas afinal quem são os Lusitanos e o que é que isso tem a ver com os Templários?
A tradição e o mito da Atlântida estão presentes em todos os autores clássicos e até nas raízes populares.
A Atlântida teria sido destruída por um cataclismo natural entre 10 mil e 12 mil anos antes de Cristo, segundo Platão, no “Crítias”. O actual território de Portugal e da Galiza seriam a periferia europeia desse continente perdido, de conhecimentos e tecnologias avançadas.
Esta tese é mais que duvidosa, mas inúmeros autores vêem, na emergência da civilização megalítica “portuguesa”, a civilização fundadora que, no mito grego, se chama a Atlântida e que se terá expandido para Norte, para a Bretanha e para o Mediterrâneo, para o Egipto e Creta, dando origem às civilizações egípcia e minoica.
A verdade é que em mais nenhum país existe uma tão grande concentração de menhires e antas como na região galaico-portuguesa, símbolos de um culto solar, herdado, depois, pelos celtas e pelos egípcios.
Em Espanha, por exemplo, estes são raros. Também se verifica, comparativamente com Espanha, uma significativa diferença em termos somatológicos ao nível do índice cefálico: os Lusitanos são claramente dolicocéfalos (crânio de contorno horizontal alongado), enquanto nos espanhóis a tendência é para a braquicefalia.
O exemplo mais acabado desta tendência lusitana, de “fundo atlante” será o homem de Muge.
A cultura é, de facto, diferente: megalítica na zona portuguesa; cultura “de las cuevas”, no território espanhol. Esta tendência manteve-se, apesar da posterior miscenigização com celtas, romanos, godos, suevos, árabes, judeus, etc….
É de acordo com esta tese de descendência atlante que surgem em Portugal vários mitos e tendências: dar “novos mundos ao mundo”; a visão fundadora de civilizações; a nação de destino, pátria missionada e missionária; o povo heróico e sacrificado, sempre dividido entre a queda no abismo e a promessa divina; povo da saudade e do saudosismo, projectado no mito de que, quando tudo parece perdido, há sempre esperança, ainda que absurda… Povo de ciclos, que renasce para “salvar o mundo”… o "Quinto Império".
Tenha ou não existido, a Atlântida é, no mínimo, um arquétipo.
20.6.09
MINHA MÚSICA, MEU MOMENTO
Se nunca tivesse tocado. Se nunca tivesse enfrentado o público. Se nunca tivesse ajudado alguém a salvar uma harmonia. Se nunca me tivessem amparado ao tropeçar no compasso, quem seria hoje? Certamente um outro eu.